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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Justiça manda Gol exibir apólice de seguro para famílias

A juíza Jane Franco Martins Bertolini Serra, da 40ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, concedeu ontem liminar em favor de parentes de uma das 154 vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, determinando que a companhia apresente em juízo cópia de sua apólice de seguro. Com isso, os advogados pretendem mostrar que a empresa tem condições de pagar indenizações maiores do que as concedidas até agora pela Justiça brasileira. A tragédia completou ontem dois anos.


Distribuído na última sexta-feira, o processo foi movido por um grupo de 13 familiares que, nos meses seguintes ao acidente, optou por ingressar com ação na Justiça dos Estados Unidos. Além da Gol, os alvos eram a Honeywell (fabricante do transponder do Legacy), a Embraer (fabricante do jato) e a ExcelAire (empresa de táxi aéreo que havia acabado de adquirir a aeronave). Além da rapidez, os parentes estavam interessados nos altos valores estipulados pelo Judiciário americano nesses casos.


Durante o processo, porém, a Gol encaminhou uma carta ao juiz do caso se comprometendo a indenizar as vítimas no Brasil. Diante disso, os parentes foram obrigados a elaborar um novo pedido de indenização por danos morais e materiais. "As empresas aéreas são obrigadas a fazer seguros de valores altíssimos para poderem operar sem correr riscos", explica uma das autoras da ação, Renata Sanches, do Suchodolski Advogados. "Só que, por desconhecimento, juízes no Brasil têm o hábito de conceder indenizações muito abaixo do que a companhia recebe."


Pagamentos - A Assessoria de Imprensa da Gol informou que das 91 famílias que procuraram a companhia, 76 haviam fechado acordo até ontem. Das 231 pessoas beneficiadas, 107 já receberam o valor acertado e as demais aguardam apenas homologação da Justiça. Sobre a nova liminar, a empresa disse que "cumpre decisões judiciais, mas preferia não se pronunciar sobre processos em andamento". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado - AE


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Universitária arrastada por carro está em estado grave

RIBEIRÃO PRETO - A universitária Flaviana Barbosa, de 27 anos, continua internada em estado grave na Beneficência Portuguesa, em Araraquara, na região de Ribeirão Preto. Na noite de sexta-feira, 26, ela estava em uma moto com o noivo quando foram atingidos por um carro em alta velocidade. Flaviana ficou presa no eixo do carro e foi arrastada por quase 1 km, sofrendo queimaduras em 40% do corpo.


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Família de jovem arrastada não perdoa motorista



O noivo teve ferimentos leves. O motorista Admilson Alves de Oliveira não prestou socorro e fugiu, mas foi preso duas horas depois. Não pagou fiança de R$ 1,2 mil e está na Cadeia de Rincão. Ele foi indiciado por lesão culposa (sem intenção) e informou à polícia que não conseguiu frear. Oliveira fez exame de dosagem alcoólica e o resultado deve sair em 15 dias. Testemunhas disseram que ele estaria embriagado.



Batatais



Na noite de sábado, 27, o ciclista Clávis Alves dos Santos, de 48 anos, foi atropelado quando seguia pelo acostamento da Rodovia Cândido Portinari, em Batatais, e morreu quando era socorrido. O motorista fez o exame de dosagem alcoólica e foi constatado que ele havia bebido além do permitido pela legislação. Apesar de ser autuado em flagrante, o motorista pagou fiança de R$ 1.550,00 e foi liberado, mas vai responder inquérito policial.

Fonte: http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid250273,0.htm

"Ixi" estava bom d+++ - Lessa: "Crise põe a nu comportamentos feios"

Claudio Leal


O ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Carlos Lessa considera "muito grave" a rejeição ao pacote de socorro econômico do governo americano, na Câmara dos Estados Unidos. Desde a semana passada, o economista sustenta que a crise mundial afeta o Brasil.

Por 228 x 205, os congressistas refugaram as medidas emergenciais propostas pelo presidente George W. Bush. O resultado provocou novas turbulência no mercado financeiro. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a ter suas operações interrompidas. O pacote previa uma injeção de US$ 700 bilhões para conter a crise.

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» Congresso americano rejeita plano de ajuda a bancos
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» "O dólar acabou", avalia Carlos Lessa

Em entrevista a Terra Magazine, Lessa critica a "tranqüilidade" do governo brasileiro e qualifica como "um escândalo" recente comunicado da Sadia. A empresa perdeu R$ 760 milhões em aposta equivocada sobre o dólar e demitiu seu diretor-financeiro. As perdas foram atribuídas à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana".

- A minha surpresa, da semana passada para hoje, foi o fato de a Sadia ter especulado com derivativos e ter perdido R$ 700 milhões. E a Aracruz perdeu provavelmente mais, porque não anunciou ainda. O que eu acho espantoso é o seguinte: na verdade, os acionistas não têm defesa nenhuma. Empresas sólidas viraram jogadoras no mercado de derivativos. Isso é uma vergonha. Isso é um escândalo - assevera Carlos Lessa.

Para o economista, "a crise está colocando a nu comportamentos feios."

Leia a entrevista:

Terra Magazine - Como o senhor analisa a rejeição do pacote econômico do governo americano no Congreso?
Carlos Lessa - Certas coisas é melhor não se dizer porque é melhor perguntar pro (Henrique) Meirelles. Porque quem sempre disse que nós estávamos num horizonte de felicidade foi o dr. Meireles. E o presidente Lula sempre fez eco. Lula fez questão de dizer que está tudo muito bem, porque não queria que os empresários se desanimassem. Os empresários não são burros, os empresários se movem com dados reais. A taxa de juros subiu, o mercado internacional está um caos, nenhum empresário vai manter os projetos. Isso é o óbvio. Agora, mais isso ainda. A minha surpresa, da semana passada para hoje, foi o fato de a Sadia ter especulado com derivativos e ter perdido R$ 700 milhões. E a Aracruz perdeu provavelmente mais, porque não anunciou ainda. O que eu acho espantoso é o seguinte: na verdade, os acionistas não têm defesa nenhuma. Empresas sólidas viraram jogadoras no mercado de derivativos. Isso é uma vergonha. Isso é um escândalo. Isso já é uma coisa nacional. É realmente um escândalo. Empresas de capital aberto... E os acionistas ficaram à mercê dos jogos especulativos que eles fizeram.

Como fica a situação dos bancos?
O que estou sabendo é que os bancos pequenos brasileiros estão tendo muita dificuldade de se financiar. A verdade é que os bancos pequenos acabaram se convertendo, vamos dizer assim, no varejo de empréstimos. E os bancos grandes ficaram na retaguarda. Só que, aparentemente, os bancos estão tendo dificuldade de renovar as suas próprias linhas de crédito internacionais. E estão cortando em cima dos bancos pequenos. Se for verdade isso, a crise está entrando no sistema bancário brasileiro.

Mas o que representa isso, politicamente, nos EUA? Os dois candidatos à presidência apoiaram também o plano. Qual a gravidade?
Muito forte. Pelo que eu consegui perceber, há uma divergência dentro do Congresso porque eles acham que se passar esses poderes pro Paulson (secretário do Tesouro americano), ele passa a ter um poder de comando sobre a economia muito maior que o próprio Congresso. Eles querem estabelecer algum mecanismo de controle. Deve ter sido em cima do mecanismo de controle que deve ter dado a confusão. Por outro lado, existem duas alternativas: escorar os bancos; outra: escorar os americanos que estão endividados. Deve ter lá um movimento pra escorar os americanos que estão endividados. Acho que isso deve ser o que está refletindo politicamente no Congresso americano.

E a crise...
A crise está colocando a nu comportamentos feios. Como o comportamento da Sadia e da Aracruz. A essa altura, eu fico olhando as outras companhias, pode ser que muitas delas estejam metidas nessa brincadeira. Isso é perigosíssimo. Não sei como a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) permite que essa coisa aconteça. É bem verdade que a CVM não examina o que a empresa faz, examina balanços. Como é que uma empresa exportadora especula no mercado de derivativos? É uma vergonha.


Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3220362-EI6579,00-Lessa+Crise+poe+a+nu+comportamentos+feios.html


Câmara dos EUA veta pacote de ajuda e Bovespa pára

O pacote de medidas de ajuda ao sistema financeiro recebeu 226 votos contra e 207 a favor


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SÃO PAULO - Na primeira votação, a Câmara americana vetou o pacote de medidas de ajuda ao sistema financeiro. Foram 207 votos a favor e 226 contra. O Partido Democrata, de oposição ao governo do presidente George W. Bush, deu 141 votos a favor do pacote e 94 contra. O Partido Republicano, de Bush, deu apenas 66 votos a favor e 132 contra. Um deputado não votou. Os números não são definitivos, porque o processo de votação não foi formalmente encerrado. Neste momento, os líderes da Câmara tentam reverter o resultado.


Em pauta, estava a liberação de US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres - com lastro em hipotecas inadimplentes -, a redução dos salários de executivos das instituições financeiras e a renegociação de contratos de hipotecas para ajudar proprietários com problemas para pagar dívidas.



Logo após a decisão, o mercado, que já estava ruim, ficou ainda pior. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu para 10% e foi acionado o sistema de circuit breaker - que é o mecanismo utilizado pela Bovespa que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento e o rebalanceamento das ordens de compra e de venda. Esse instrumento constitui-se em uma "proteção" à oscilação excessiva em momentos atípicos de mercado. A Bolsa voltará a operar às 15h19. Nos Estados Unidos. O índice Dow Jones caiu para 6,03%. A Nasdaq despenca 6,18%. O dólar comercial disparou para R$ 1,9330.



Até hoje, o mecanismo foi acionado em dez ocasiões. Em 97, em meio à crise da Ásia, os negócios foram interrompidos em 7 e 12 de novembro. Em 98, na crise da Rússia, foram cinco interrupção das operações por baixa de 10%, sendo que no dia 10 de novembro o mecanismo foi acionado duas vezes. As outras três paralisações do pregão foram em 21 de agosto e 4 e 17 de setembro. Depois, foi na crise cambial brasileira, quando em 13 e 14 de janeiro o circuit breaker voltou a ser acionado. Nesses dois últimos pregões, o Ibovespa bateu mínimas de 5.277 pontos e 5.050 pontos.


Fonte: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco250230,0.htm